Os raios-X foram descobertos por Wilhelm Conrad Rontgen em 1895.

A física Marie Sklodoska Curie descobriu em 1898, algumas substâncias que emitiam outros tipos de radiações como o elemento urânio (U) e o tório (Th). Posteriormente ela e seu marido Pierre Curie descobriram outros elementos emissores como o polônio (Po) e o rádio (Ra).

Em 1898, o físico Ernest Rutherford submeteu as radiações a passarem entre um aparato que podia gerar um campo elétrico e/ou magnético. Com isto, conseguiu distinguir as radiações em dois tipos que chamou de alfa e beta. A radiação alfa seria formada por partículas de carga positiva semelhante ao núcleo do elemento hélio. A radiação beta séria formada por partículas de carga negativa, no caso o elétron. Posteriormente foi descoberto um terceiro tipo de radiação conhecida como radiação gama que não era afetada pelo campo elétrico e magnético. Os diferentes tipos de radiações tem diferentes valores de comprimento de onda.

O poder de penetração das radiações alfa, beta e gama na matéria é diferente: a radiação gama é a mais penetrante e a alfa é a menos penetrante. A capacidade de penetração não significa necessariamente que um tipo de radiação mais penetrante seja mais danosa que uma menos penetrante. No caso a capacidade de causar dano depende da energia da radiação e da capacidade do material irradiado de interagir com a radiação.

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Logo os efeitos nocivos da radiação começaram a se fazerem notar. Observou-se que a exposição à radiação podia causar perda de pelos e queimaduras da pele, entre outros problemas. A radiação pode destruir o tecido saudável levando células à morte ou causando mutações. Não demorou para que os efeitos cancerígenos fossem notados. Além disto, em 1927, Hermann J. Muller, ralizando pesquisas com Drosophilas, mostrou que os Raios-X podem provocar mutações genéticas. Na época a relação entre mutações genéticas e o câncer ainda não era evidente. Desta forma, o lamentável número de mortes causados pelos descuidos com os materiais radioativos acabaram contribuindo para a compreensão dos mecanismos de um dos maiores males da humanidade: o câncer.

A boa notícia era que se era possível matar células saudáveis por meio da radiação, então o oposto também deveria ser possível: matar células defeituosas como as células cancerosas por meio de radiação. Assim, surgiram várias terapias com o uso da radiação como a Braquiterapia e a Teleterapia.

A radiação passou a ser usada não apenas no tratamento como também no diagnóstico e prevenção.

Por exemplo, a luz visível (que também é um tipo de radiação) penetra muito pouco nos tecidos apenas alguns milímetros. Utilizam-se imagens com luz visível em dermatologia, obstétrica (endoscopia) e em patologia (microscopia de luz).

É mais comum nas aplicações médicas utilizar o espectro eletromagnético externo à região visível. O feixe incidente dos raios-X, atravessando o paciente, interage com os tecidos por absorção (efeito fotoelétrico) ou espalhamento (Rayleigh ou Compton), e sai com espectro modificado, alcançando, em parte, o detector. Por exemplo, Raios-X são usados em radiografia geral, mamografia, tomografia computadorizada (TC), angiografia, densitometria, fluoroscopia, etc. Os raios gama são usados nas imagens obtidas em medicina nuclear (SPECT,PET)

Referências: Uma introdução à física médica

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