Recentemente o instituto pró-livro divulgou uma pesquisa realizada com dados coletados em 2024 (veja na integra aqui). Abaixo um gráfico extraído desse relatório.

Uma possível causa foi apontada pelo nosso atual presidente da república em seu terceiro mandato: “o Brasil nunca teve um governo que se preocupasse com a educação” (veja aqui). O acesso a livros é limitado pelo alto custo e o entretenimento rápido, como TV e redes sociais, domina o tempo das pessoas. Diferente de países como a Canadá e o Japão, onde a leitura é um hábito incentivado desde cedo, no Brasil os livros ainda são vistos como algo elitizado e distante da realidade da maioria.
A queda da leitura gera um efeito dominó de consequências negativas para a sociedade. Uma delas é a dificuldade de interpretação de texto, algo essencial para o mercado de trabalho e para a formação do pensamento crítico. Outra consequência é o empobrecimento da linguagem, produz como efeito colateral uma baixa capacidade de comunicação. Se uma pessoa não consegue compreender o que lê imagine a dificuldade que ela terá para comunicar-se com outra pessoa.
Pais e escolas devem investir em programas de incentivo à leitura desde cedo. Conforme ensina Dom Bosco, bons hábitos precisam ser incentivados desde cedo, pois a reeducação fica mais difícil com a idade.
Eu sei que você deve estar esperando eu usar a expressão pleonástica “políticas públicas” de incentivo/redução de preços ou algo do tipo. é preciso ter muito cuidado com esses projetos vindos do governo pois eles costumam envolver o efeito cobra.
Não espere que soluções milagrosas venham do governo. Você pode fazer a diferença, a medida que for lendo mais você poderá fazer melhores indicações de livros aos amigos ou mesmo presenteá-los com livros com mais frequência. Dar um livro de presente é muito melhor que dar um perfume ou uma colcha de cama. Afinal, mesmo que a pessoa presenteada não goste do livro, ela sempre poderá revende-lo em um sebo ou passa-lo adiante de presente, mas quem é que vai receber um perfume usado? Essas pequenas ações já podem fazer uma grande diferença.
Já pensou um dia as reuniões de família deixarem de ser brigas sobre política, fofocas e ostentações? E no lugar disso, as pessoas falassem sobre Tolkien, Agatha ou Chersteton? Eu ainda sonho com isso.
A queda do número de leitores no Brasil é um problema sério, mas reversível. Com esforços coletivos e estratégias eficazes, é possível reacender a paixão pela leitura e garantir um futuro mais promissor para as próximas gerações.






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